sexta-feira, 20 de junho de 2008

Canção para Morte de Ofélia

Rosa de maio, virgem amada, boa irmã gentil,
Afogada, foi velada na calada madrugada
Carne enterrada, dita estragada
Carne noviça, macia e lavada
E o amor dissolvido na água
Água da lágrima salgada e concentrada
Da paixão que transborda a alma
Alma que precisa de carne temperada
Para viver e dar vida ao amor
Amor é alma etérea, eterna e imortal da parte que sobrou
Afundou, boiou, acenou e voou

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