Canção para Morte de Ofélia
Rosa de maio, virgem amada, boa irmã gentil,
Afogada, foi velada na calada madrugada
Carne enterrada, dita estragada
Carne noviça, macia e lavada
E o amor dissolvido na água
Água da lágrima salgada e concentrada
Da paixão que transborda a alma
Alma que precisa de carne temperada
Para viver e dar vida ao amor
Amor é alma etérea, eterna e imortal da parte que sobrou
Afundou, boiou, acenou e voou
Marcadores: Cecília Meta-Ophelia